Não só para combates e dobrar a roupa servem os robôs humanoides. Na China, uma empresa está a desenvolver um que poderá "engravidar" e dar à luz bebés. Esta mimetização do corpo humano será mais uma alternativa para casais ou pessoas individuais que querem, mas não conseguem, ter filhos.
Pelas mãos de Zhang Qifeng, fundador da Kaiwa Technology, deverá ser apresentado, no próximo ano, um novo protótipo de robô humanoide, conforme avançado pela imprensa asiática.
Indo além das tarefas mundanas que temos visto estas máquinas desempenharem, o objetivo da empresa chinesa passa por criar uma alternativa de conceção para casais ou pessoas individuais que querem, mas não conseguem, ter filhos.
Para Zhang Qifeng, que terá partilhado os seus planos numa entrevista no Duoyin, a versão chinesa do TikTok, o robô humanoide procurará ser mais do que uma incubadora, replicando, por sua vez, todo o processo até ao parto.
A máquina será equipada com um útero artificial, que receberá nutrientes por via de uma mangueira. Embora a tecnologia deste órgão artificial esteja numa fase de desenvolvimento avançada, é necessário integrá-lo no abdómen do robô.
Para já, não terão sido divulgados detalhes relativamente ao processo através do qual os óvulos e espermatozoides seriam fertilizados e implantados no útero artificial.
Este conceito de robô humanoide que "engravida" baseia-se em estudos anteriores com úteros artificiais.
De facto, os cientistas já terão conseguido manter um cordeiro prematuro vivo durante algumas semanas num biogab, que fornecia um suprimento sanguíneo rico em nutrientes e possuía uma bolsa amniótica protetora. Após 28 dias no biobag, o cordeiro que de outra forma teria morrido ganhou peso e desenvolveu lã.
Neste caso, ao contrário do biobag, que funcionou como uma incubadora, o robô humanoide procura apoiar o feto em todo o processo, desde a conceção até ao parto.
Plano para o robô humanoide está a despertar reações divergentes
O anúncio deste novo robô humanoide capaz de "gestar" um bebé encetou um intenso debate nas redes sociais chinesas, conforme avançado pela imprensa asiática.
Os críticos levantaram questões éticas, descrevendo a tecnologia como antinatural e cruel, argumentando que privar um feto da ligação materna é prejudicial. Além disso, foram levantadas questões sobre a origem dos óvulos para o processo.
Realizámos fóruns de discussão com autoridades da província de Guangdong e apresentámos propostas relacionadas enquanto discutíamos políticas e legislação.
Disse Zhang, esclarecendo sobre as questões éticas e legais do robô humanoide.
Por outro lado, houve, também, que recebesse os planos da Kaiwa Technology com curiosidade, reconhecendo-lhes inovação e vendo-os como uma forma de poupar as mulheres das dificuldades relacionadas com a gravidez.
Muitas famílias pagam despesas significativas pela inseminação artificial, apenas para falhar, por isso o desenvolvimento do robô de gravidez contribui para a sociedade.
Disse um utilizador, citado pela imprensa asiática.
A tornar-se real, o robô humanoide da China poderia ajudar a combater as crescentes taxas de infertilidade, na China, bem como no resto do mundo, caso a empresa decidisse expandi-lo globalmente.


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