Pular para o conteúdo principal

Dicas de como tirar fotos profissionais no celular

Ajuste a exposição

É possível ajustar a exposição da câmera manualmente. Esse recurso serve para adaptar os níveis de claridade na imagem, permitindo que o usuário faça um melhor balanceamento entre os tons claros e escuros. Regulando os níveis de exposição, é possível dar mais brilho às fotos em ambientes pouco iluminados ou evitar que a imagem fique estourada, no caso de capturas feitas em ambientes com muita claridade. Fazer esse ajuste é muito fácil: basta tocar na tela e deslizar o dedo para cima ou para os lados para aumentar ou diminuir o nível de brilho.

Utilizando o controle de exposição da câmera do iOS 8 — Foto: Reprodução/Marvin Costa
Utilizando o controle de exposição da câmera do iOS 8 — Foto: Reprodução/Marvin Costa

Habilite as linhas de grade para usar a regra dos terços

Outra forma simples de melhorar as fotos tiradas no celular é ativando as linhas de grade. O recurso divide a tela em nove quadrantes idênticos e permite aplicar a famosa “regra dos terços”. Muito usada por fotógrafos, a técnica consiste em dividir a imagem em três terços, verticais e horizontais. O objetivo é colocar o ponto de interesse da foto posicionado em uma das interseções das linhas, criando assim uma composição menos descentralizada e mais interessante.

Linhas de grade ativadas na câmera do celular — Foto: Reprodução/Juliana Pixinine
Linhas de grade ativadas na câmera do celular — Foto: Reprodução/Juliana Pixinine

Para tirar fotos com aspecto mais profissional, vale testar vários enquadramentos usando a regra dos terços como guia. Posicione o ponto central da foto nas diferentes interseções da grade para entender como funcionam as perspectivas distintas. Caso as linhas de grade não estejam ativas no seu smartphone, siga os passos abaixo.

  • Em um iPhone: vá em “Ajustes” e toque em “Câmera”. Depois, basta ativar a grade.
  • Em celulares Android: abra a câmera e toque em “Configurações”. Deslize o menu até encontrar a opção “Linhas de grade” e ative o recurso.

Defina o objeto em foco

Para tirar uma boa foto, é importante definir qual será o assunto principal, ou seja, o que vai ser destacado. Acontece que o foco automático nem sempre consegue detectar qual é o objeto principal da imagem, de forma que pode ser necessário ajustar manualmente o foco da câmera. Ao tocar na tela no ponto que deseja destacar, o dispositivo ajusta o foco e a exposição da imagem com base nesse local, tornando-o o ponto central da foto.

Bloqueando o foco da câmera do iPhone — Foto: Reprodução/Katarina Bandeira
Bloqueando o foco da câmera do iPhone — Foto: Reprodução/Katarina Bandeira

Vale a pena também aprender a trabalhar com o “espaço negativo” da imagem, que é a área ao redor do ponto central. Uma técnica muito comum para criar uma composição fotográfica interessante é utilizar apenas um terço da tela para o elemento principal, enquanto os outros dois terços são preenchidos pelo espaço negativo.

Use o HDR

Às vezes é difícil ajustar a exposição de uma foto de forma satisfatória, principalmente em ambientes com muita luz. É comum que a imagem fique com aspecto de “estourada”, com a parte iluminada clara demais e outros pontos escuros demais. Para evitar esse problema, o ideal é ativar o modo HDR.

Foto de ipê tirada com o HDR da câmera do Motorola Razr 40 Ultra ativado — Foto: Ana Letícia Loubak/TechTudo
Foto de ipê tirada com o HDR da câmera do Motorola Razr 40 Ultra ativado — Foto: Ana Letícia Loubak/TechTudo

HDR é uma sigla para High Dynamic Range, que em português significa "Alto Alcance Dinâmico". Essa função está presente na maioria das câmeras de celulares e ajusta automaticamente os níveis de exposição da imagem, dando maior equilíbrio entre os elementos claros e escuros da foto. Com essa ferramenta habilitada, é possível produzir imagens mais fiéis e detalhadas.

Aparelhos iPhone já vem com o HDR ativado de fábrica. Para conferir se esse recurso está habilitado em um celular Android, abra a câmera e toque em “Configurações”. No menu, busque por “HDR automático” e veja se a chave está ativada.

Use o modo noturno

O modo noturno (ou modo Noite, em aparelhos da Apple) é um recurso criado para aprimorar a qualidade das imagens tiradas em ambientes com pouca luz, dispensando o uso do flash. A funcionalidade combina o método de longa exposição a uma maior abertura da lente para clarear as fotos feitas em locais com iluminação insuficiente e, assim, capturar mais detalhes. Vale reforçar que é importante manter o smartphone imóvel ao utilizar o recurso; caso contrário, as fotos podem sair tremidas ou embaçadas.

Foto tirada pelo Motorola Razr 40 Ultra sem modo noturno vs foto com modo noturno ativado  — Foto: Ana Letícia Loubak/TechTudo
Foto tirada pelo Motorola Razr 40 Ultra sem modo noturno vs foto com modo noturno ativado — Foto: Ana Letícia Loubak/TechTudo

As câmeras de celulares Android e de iPhones têm modo noturno automático. Ou seja, o recurso é ativado quando o aparelho percebe estar em um ambiente mal iluminado. Em iPhones, porém, é possível escolher entre dois tempos de exposição: Automático e Máximo. Para isso, toque em “Controles de Câmera” e depois em “Modo Noite”. Em seguida, use o controle para mudar entre os timers de exposição.

Foto sem modo noturno e com modo noturno no iPhone — Foto: Letícia Conde/TechTudo
Foto sem modo noturno e com modo noturno no iPhone — Foto: Letícia Conde/TechTudo

Evite o zoom digital

Ao contrário do zoom óptico, que utiliza lentes específicas para aproximar um objeto, o zoom digital faz essa ampliação de forma eletrônica, ou seja, apenas estica o ponto central da imagem. O resultado é uma perda significativa de qualidade, deixando a foto granulada, pixelizada e menos nítida. Sendo assim, é importante evitar o uso do zoom digital para manter a nitidez e qualidade da imagem.

Caso queira tirar uma foto aproximada de um objeto ou pessoa, o ideal é chegar a câmera o mais perto possível, de forma que todos os detalhes da imagem sejam preservados. Se não for possível aproximar a câmera do objeto, a dica é fotografar sem o zoom e, posteriormente, cortar e ampliar a imagem em um app ou programa de edição.

Explore novas perspectivas

Uma vez que você já sabe usar melhor os recursos de câmera e as técnicas básicas de fotografia, a dica agora é se aventurar e explorar novas possibilidades e perspectivas. Experimente novos ângulos e teste diferentes iluminações, utilizando o contraste entre a luz e a sombra. Aproveite também elementos do ambiente para incrementar a composição das fotos, como portais, janelas e espelhos.

Antes de tirar a foto, pense no que deseja mostrar. Destaque o ponto central e evite um plano de fundo muito poluído. As possibilidades são ilimitadas, então use a criatividade para criar composições cada vez mais elaboradas. Afinal, fotografia é uma forma de arte, que deve ser utilizada para se expressar.

Experimente usar lentes externas

Já foi possível perceber que as câmeras dos smartphones evoluíram muito nos últimos anos, podendo capturar imagens em alta definição até mesmo em ambientes com pouca iluminação. Entretanto, elas ainda são limitadas quando comparadas aos sensores de câmeras DSLR, por exemplo. Caso você queira tirar fotos ainda mais profissionais ou obter resultados específicos, uma dica é experimentar lentes externas.

Lentes fisheye, wide e macro cabem em qualquer modelo, do Moto G ao iPhone — Foto: Divulgação
Lentes fisheye, wide e macro cabem em qualquer modelo, do Moto G ao iPhone — Foto: Divulgação

Existem vários tipos de lentes disponíveis no mercado – como as lentes macro, que possibilitam fotografar objetos muito pequenos, ou as lunetas, que conseguem tirar fotos com zoom sem perder a qualidade. Os jogos de lentes são pequenos e se acoplam às lentes do celular para ampliar seu potencial.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

“internet zumbi”

 A ascensão do slop, diz ele, transformou a rede social em um espaço onde “uma mistura de bots, humanos e contas que já foram humanos, mas não se misturam mais para formar um site desastroso onde há pouca conexão social”. Nick Clegg, presidente de assuntos globais da empresa-mãe do Facebook, Meta, escreveu em fevereiro que a rede social está treinando seus sistemas para identificar conteúdo feito por IA. “Como a diferença entre conteúdo humano e sintético fica turva, as pessoas querem saber onde está o limite”, escreveu ele. O problema começou a preocupar a principal fonte de receita da indústria de mídia social: as agências de publicidade que pagam para colocar anúncios ao lado do conteúdo. Farhad Divecha, diretor-gerente da agência de marketing digital AccuraCast, com sede no Reino Unido, diz que agora está encontrando casos em que os usuários estão sinalizando erroneamente os anúncios como slop feitos de IA quando não estão. “Vimos casos em que as pessoas comentaram qu

A MENTE ARTÍSTICA

Em seu novo livro, as autoras Susan Magsamen, fundadora e diretora do International Arts + Mind Lab, e Ivy Ross afirmam que fazer e experimentar arte pode nos ajudar a florescer Quando Susan Magsamen tomou a decisão de terminar seu primeiro casamento, ela enfrentou dias emocionais e difíceis trabalhando não apenas em seus próprios sentimentos, mas os de seus filhos pequenos. Foi preciso um pedaço de argila de uma criança para mudar tudo isso. Como ela relata em seu novo livro, Your Brain on Art: How the Arts Transform Us (Random House, 2023), ela "começa a esculpir espontaneamente. O que emergiu foi uma estátua de uma mulher de joelhos, seus braços levantados com as mãos estendendo o céu e sua cabeça inclinada para trás, soluçando em total desespero sem palavras." Logo, ela escreve, ela mesma estava em lágrimas. Podemos reconhecer essa ação como um exemplo de uso de nossa criatividade para expressar e liberar emoções reprimidos. Mas como Magsamen, fundadora e diretora executi

Cibersegurança: Confiança zero… desconfiança por omissão

  Atualmente, todas as empresas têm presença digital. Embora este facto traga inúmeros benefícios, também acarreta uma série de riscos. Os cibercriminosos estão a encontrar cada vez mais formas de contornar as medidas de segurança e aceder aos dados. Se a proteção não for suficientemente forte, os dados das organizações, dos seus clientes e dos seus parceiros podem ser comprometidos, com consequências terríveis para as empresas. A crescente digitalização, juntamente com a evolução das táticas dos cibercriminosos, está a resultar num aumento dos incidentes de cibersegurança. Esta tendência preocupante é demonstrada no último Relatório de Violação de Dados, realizado pelo Internet Theft Resource Center (ITRC), que regista 2.365 ciberataques em 2023 que afetaram mais de 300 milhões de vítimas. Com este conhecimento, é essencial que as empresas tomem medidas e protejam os seus sistemas para evitar que utilizadores não identificados acedam a informações sensíveis. Só assim será possível red