Pular para o conteúdo principal

O que deve fazer se clicar num link malicioso?

 Os emails de phishing são uma das armas prediletas de criminosos para roubar dados pessoais dos utilizadores e instalar malware nos seus dispositivos. Mas é possível atenuar o dano causado pelo primeiro clique no link errado. A ESET dá uma ajuda.

Portugal: O que deve fazer se clicar num link malicioso?

 

Entre todas as categorias de ciberameaças detetadas pela telemetria da ESET, empresa europeia líder em soluções de cibersegurança, os ataques de phishing em emails foram das principais ameaças para os utilizadores em Portugal na primeira metade do ano.

Erros ortográficos, gramática estranha, linguagem urgente ou ameaçadora, falta de contexto – tudo isto são sinais comuns de ataques de phishing em emails.

No entanto, algumas ameaças de phishing são mais difíceis de detetar. Algumas envolvem um investimento significativo de tempo e um planeamento meticuloso por parte dos agentes maliciosos, que até examinam as comunicações anteriores das suas vítimas, o que acaba por tornar o ataque altamente convincente e bem-sucedido.

Basta um deslize, clicar num link malicioso, e uns segundos depois já é vítima de um ataque de phishing – e nem mesmo os profissionais de TI estão isentos deste risco! Uma mensagem de email aparentemente inócua pode conter um link no qual deve clicar antes que, jura o seu autor, “seja tarde demais”.

Considerando a popularidade dos ataques de phishing em emails em Portugal, é importante para os utilizadores conhecerem as suas opções após se aperceberem que clicaram no sítio errado.

Clicou num link malicioso? ESET deixa 10 dicas...

  • Não forneça mais informações
    • Não introduza o seu login nem forneça os detalhes da sua conta bancária. Se os cibercriminosos só queriam os seus dados e não comprometeram o seu dispositivo com malware, é provável que tenha acabado de escapar a um ataque pior.
  • Desligue o seu dispositivo da Internet
    • Alguns ataques de phishing podem levá-lo a dar aos agentes maliciosos acesso ao seu computador, smartphone ou outro dispositivo
  • Faça backup dos seus dados
    • Desligar-se da Internet impedirá que mais dados sejam enviados para o servidor malicioso, mas os seus dados continuam a estar em perigo. Deve fazer um backup dos seus ficheiros, principalmente dos documentos sensíveis ou dos ficheiros com elevado valor pessoal, como fotografias e vídeos.
  • Efetue uma verificação de malware e outras ameaças
    • Execute uma verificação completa do seu dispositivo utilizando software anti-malware de um especialista em cibersegurança, enquanto o dispositivo ainda está desligado da Internet.
  • Considere uma reposição de fábrica
    • A reposição de fábrica significa repor o smartphone no seu estado original, removendo todas as apps e ficheiros instalados.
  • Reponha as suas passwords
    • Os emails de phishing podem induzi-lo a divulgar os seus dados sensíveis, tais como números de identificação, detalhes bancários e de cartões de crédito ou credenciais de acesso.
  • Contacte bancos, autoridades e fornecedores de serviços
    • Se introduziu dados bancários/cartões de crédito ou dados de acesso a um website com acesso aos seus cartões, informe imediatamente o seu banco.
  • Detete as diferenças
    • Os criminosos que conseguem entrar com sucesso num dos seus dispositivos ou contas podem tentar estabelecer a sua presença durante o máximo de tempo possível.
  • Procure dispositivos não reconhecidos
    • Se os agentes maliciosos roubaram os detalhes da sua conta, é provável que tenham tentado iniciar sessão a partir do seu próprio dispositivo.
    • Verifique-o e force o fim de sessão em qualquer dispositivo desconhecido.
  • Notifique os seus amigos, contactos, fornecedores de serviços e empregador
    • Por vezes, os cibercriminosos utilizam a sua lista de contactos numa conta comprometida para espalhar ligações de phishing ou spam. Tenha em atenção este facto e tome medidas para evitar que outros sejam vítimas do mesmo esquema.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

“internet zumbi”

 A ascensão do slop, diz ele, transformou a rede social em um espaço onde “uma mistura de bots, humanos e contas que já foram humanos, mas não se misturam mais para formar um site desastroso onde há pouca conexão social”. Nick Clegg, presidente de assuntos globais da empresa-mãe do Facebook, Meta, escreveu em fevereiro que a rede social está treinando seus sistemas para identificar conteúdo feito por IA. “Como a diferença entre conteúdo humano e sintético fica turva, as pessoas querem saber onde está o limite”, escreveu ele. O problema começou a preocupar a principal fonte de receita da indústria de mídia social: as agências de publicidade que pagam para colocar anúncios ao lado do conteúdo. Farhad Divecha, diretor-gerente da agência de marketing digital AccuraCast, com sede no Reino Unido, diz que agora está encontrando casos em que os usuários estão sinalizando erroneamente os anúncios como slop feitos de IA quando não estão. “Vimos casos em que as pessoas comentaram qu

A MENTE ARTÍSTICA

Em seu novo livro, as autoras Susan Magsamen, fundadora e diretora do International Arts + Mind Lab, e Ivy Ross afirmam que fazer e experimentar arte pode nos ajudar a florescer Quando Susan Magsamen tomou a decisão de terminar seu primeiro casamento, ela enfrentou dias emocionais e difíceis trabalhando não apenas em seus próprios sentimentos, mas os de seus filhos pequenos. Foi preciso um pedaço de argila de uma criança para mudar tudo isso. Como ela relata em seu novo livro, Your Brain on Art: How the Arts Transform Us (Random House, 2023), ela "começa a esculpir espontaneamente. O que emergiu foi uma estátua de uma mulher de joelhos, seus braços levantados com as mãos estendendo o céu e sua cabeça inclinada para trás, soluçando em total desespero sem palavras." Logo, ela escreve, ela mesma estava em lágrimas. Podemos reconhecer essa ação como um exemplo de uso de nossa criatividade para expressar e liberar emoções reprimidos. Mas como Magsamen, fundadora e diretora executi

Cibersegurança: Confiança zero… desconfiança por omissão

  Atualmente, todas as empresas têm presença digital. Embora este facto traga inúmeros benefícios, também acarreta uma série de riscos. Os cibercriminosos estão a encontrar cada vez mais formas de contornar as medidas de segurança e aceder aos dados. Se a proteção não for suficientemente forte, os dados das organizações, dos seus clientes e dos seus parceiros podem ser comprometidos, com consequências terríveis para as empresas. A crescente digitalização, juntamente com a evolução das táticas dos cibercriminosos, está a resultar num aumento dos incidentes de cibersegurança. Esta tendência preocupante é demonstrada no último Relatório de Violação de Dados, realizado pelo Internet Theft Resource Center (ITRC), que regista 2.365 ciberataques em 2023 que afetaram mais de 300 milhões de vítimas. Com este conhecimento, é essencial que as empresas tomem medidas e protejam os seus sistemas para evitar que utilizadores não identificados acedam a informações sensíveis. Só assim será possível red