O desafio para chegar a outros planetas irá obrigar a viagens longas.
As tripulações estarão enclausuradas dentro de uma nave espacial meses e
até anos. Conforme vemos nos filmes ou lemos nos livros, a ficção já
nos mostra indícios de como será necessário manter os astronautas em
“animação suspensa”. Nesse sentido, a ESA investigou o impacto que a
hibernação de tripulantes na vida real teria numa missão espacial a
Marte.
Se um dia formos capazes de colocar os seres humanos em hibernação, as naves espaciais têm de ser repensadas.
Agora, a ESA está a investigar como a hibernação da tripulação na vida real afetaria o design das missões espaciais.
Os cientistas reuniram-se no Concurrent Design Facility da ESA para avaliar as vantagens da hibernação humana para uma viagem a um planeta vizinho, como Marte. Estes tomaram como referência um estudo existente que descreveu o envio de seis humanos a Marte e de volta numa escala de tempo de cinco anos.
Com o intuito de estudar os efeitos da hibernação da tripulação nas missões espaciais, usaram alguns números já ponderados. Assim, as naves poderiam ser mais pequenas se a tripulação estivesse a dormir na viagem. Numa longa jornada, como a Marte, por exemplo, os tripulantes poderiam estar meses a dormir em cápsulas espaciais.
Para ter uma ideia da escala de distância do nosso sistema solar, visite “Se a lua tivesse apenas 1 pixel”. Assim, terá uma ideia das distâncias relativas dos planetas ao serem dimensionados numa única página extralarga. Por outro lado, dificilmente iremos conseguir perceber a escala do universo.
Se a tripulação estivesse a hibernar, não seriam necessários quartos de tripulação extensos ou de muito espaço de armazenamento para consumíveis (como comida e água).
Assim, poderíamos estar a falar em compartimentos de hibernação para os tripulantes se revezar a hibernar. Desta forma, a cabine de hibernação seria pequena e daria para alternar entre grupos.
Conforme acontece com os animais em hibernação, espera-se que os astronautas adquiram mais gordura corporal antes do torpor. As suas cápsulas seriam escurecidas e a temperatura seria bastante reduzida para arrefecer os seus ocupantes durante o cruzeiro projetado para 180 dias, tempo de viagem entre Marte e Terra.
A agência espacial refere que a fase de hibernação do cruzeiro terminaria com um período de recuperação de 21 dias. Referiu ainda que – com base na experiência de hibernação animal – a tripulação provavelmente não experimentaria perda óssea ou muscular.
Segundo a informação, a ideia básica de colocar os astronautas em hibernação de longa duração não é realmente tão descabida. Aliás, existe há décadas um método que é testado e aplicado como terapia em pacientes de trauma grave.
Em resumo, a Agência Espacial Europeia tem estudos para levar a hibernação humana a um cenário real. Imprescindível no design das missões espaciais do futuro próximo.
Se um dia formos capazes de colocar os seres humanos em hibernação, as naves espaciais têm de ser repensadas.
Astronautas em hibernação precisariam de naves menores
Segundo a ficção científica, se uma nave espacial não vem com o hyperdrive, geralmente é equipada com cápsulas de hibernação. Nos filmes de 2001: Uma Odisseia no Espaço, Alien, o Oitavo Passageiro, entre outros, os astronautas eram colocados em ‘animação suspensa’ para atravessar a vastidão do espaço.Agora, a ESA está a investigar como a hibernação da tripulação na vida real afetaria o design das missões espaciais.
Equipar as naves para hibernar os astronautas
A hibernação humana tem sido objeto de investigação da ESA. Nesse sentido, a agência espacial estuda o desenvolvimento de “tecnologias facilitadoras” fundamentais para viajar no espaço.Os cientistas reuniram-se no Concurrent Design Facility da ESA para avaliar as vantagens da hibernação humana para uma viagem a um planeta vizinho, como Marte. Estes tomaram como referência um estudo existente que descreveu o envio de seis humanos a Marte e de volta numa escala de tempo de cinco anos.
Com o intuito de estudar os efeitos da hibernação da tripulação nas missões espaciais, usaram alguns números já ponderados. Assim, as naves poderiam ser mais pequenas se a tripulação estivesse a dormir na viagem. Numa longa jornada, como a Marte, por exemplo, os tripulantes poderiam estar meses a dormir em cápsulas espaciais.
Durante algum tempo, a hibernação foi proposta como uma ferramenta de mudança estratégia para as viagens espaciais humanas.Comentou Jennifer Ngo-Anh, líder de equipa do programa Science in Space Environment da ESA.
Se conseguíssemos reduzir a taxa metabólica básica de um astronauta em 75% – semelhante ao que podemos observar na natureza com grandes animais em hibernação, como certos ursos -, poderíamos ter uma economia substancial de massa e custos, tornando as missões de exploração de longa duração mais factível.
Qual é a necessidade de colocar os astronautas em hibernação?
A razão maior prende-se com a imensidão do espaço. Algo na nossa vizinhança está a anos de caminho e ainda só estamos a falar dentro do nosso sistema solar. Para termos uma ideia clara e real, damos como exemplo a missão da New Horizons a Plutão, foi lançada em 2006 e precisou de nove anos para chegar ao seu destino.Para ter uma ideia da escala de distância do nosso sistema solar, visite “Se a lua tivesse apenas 1 pixel”. Assim, terá uma ideia das distâncias relativas dos planetas ao serem dimensionados numa única página extralarga. Por outro lado, dificilmente iremos conseguir perceber a escala do universo.
O cérebro humano simplesmente não consegue entender como são grandes as coisas como o sistema solar.Referiu Joe Hansen – apresentador da série da PBS “Tudo bem ser inteligente”.
Dentro de 20 anos, a hibernação pode ser possível nas viagens
Os cientistas descobriram que a massa de uma nave com hibernação humana poderia ser reduzida num terço. Assim, os especialistas quantificaram o que pode parecer bastante óbvio… que uma nave para hibernar astronautas poderia ser mais pequena. Esta comparação mostra o tamanho de um módulo para uma missão tripulada a Marte em comparação com o seu equivalente baseado em hibernação.Se a tripulação estivesse a hibernar, não seriam necessários quartos de tripulação extensos ou de muito espaço de armazenamento para consumíveis (como comida e água).
Assim, poderíamos estar a falar em compartimentos de hibernação para os tripulantes se revezar a hibernar. Desta forma, a cabine de hibernação seria pequena e daria para alternar entre grupos.
Como seriam “adormecidos” os tripulantes até Marte?
Segundo a agência espacial, para os tripulantes entrarem em hibernação, seria administrado um medicamento. Este fármaco iria induzir o ser humano num estado “torpor” – o termo para o estado de hibernação.Conforme acontece com os animais em hibernação, espera-se que os astronautas adquiram mais gordura corporal antes do torpor. As suas cápsulas seriam escurecidas e a temperatura seria bastante reduzida para arrefecer os seus ocupantes durante o cruzeiro projetado para 180 dias, tempo de viagem entre Marte e Terra.
A agência espacial refere que a fase de hibernação do cruzeiro terminaria com um período de recuperação de 21 dias. Referiu ainda que – com base na experiência de hibernação animal – a tripulação provavelmente não experimentaria perda óssea ou muscular.
A exposição à radiação de partículas de alta energia é um risco importante de viagens espaciais profundas, mas como a equipa de hibernação passará tanto tempo nas suas cápsulas de hibernação, a proteção – como recipientes de água – poderá concentrar-se em torno deles.Explicou a ESA.
Inteligência Artificial e operações autónomas das naves
Neste tipo de viagens, seguramente o tempo de ações permanentes não será muito. Assim, a ESA referiu que seriam aplicadas “operações amplamente autónomas, com uso otimizado de inteligência artificial” e “deteção, isolamento e recuperação de falhas” necessárias numa nave espacial onde a maioria dos humanos está a hibernar.Segundo a informação, a ideia básica de colocar os astronautas em hibernação de longa duração não é realmente tão descabida. Aliás, existe há décadas um método que é testado e aplicado como terapia em pacientes de trauma grave.
Em resumo, a Agência Espacial Europeia tem estudos para levar a hibernação humana a um cenário real. Imprescindível no design das missões espaciais do futuro próximo.