O vírus de origem africana é característico do porco e popularmente conhecido como “Ebola Suíno”. Ele está se espalhando rapidamente pelo mundo, o que resulta no maior surto de doenças animais que o planeja já viu.
Fazendeiros da China, Mongólia, Coréia do Norte e de algumas partes da Europa já relataram a respeito de porcos com a doença. Os humanos não são infectados, mesmo ao comer a carne de um porco que contenha o vírus. No Brasil, ainda não há nenhum caso ligado ao Ebola Suíno.
De acordo com analistas de mercado do Rabobank, há cerca de 200 milhões de porcos infectados. Outros milhões estão sendo sacrificados como alternativa para conter a situação.
Segundo o epidemiologista veterinário e especialista em peste suína Dirk Pfeiffer, da Universidade da Cidade de Hong Kong, o surto da doença da carne de porco é o maior de todos os tempos.
Pfeiffer ainda ressalta que doenças como a da “vaca louca” e febre aftosa tornam-se comuns quando comparadas ao ebola do porco, principalmente por conta dos danos causados.
Para porcos e javalis, a doença chega a ser 100% fatal. Além disso, os suínos infectados morrem em até 10 dias.
O vírus
O vírus é considerado um dos piores do mundo, já que pode sobreviver no sangue refrigerado por até 6 anos; no soro, ele pode durar 18 meses. Ainda assim, o vírus da carne de porco pode viver em carnes salgadas e salame durante 8 meses.
Célula macrofágica em seu estágio inicial de infecção (Foto: Divulgação/IFL Science)
Resistência às temperaturas extremas e pH também são características do vírus que está aterrorizando os criadores de porcos. Apesar de pesquisadores estarem estudando sobre um antídoto para conter a doença, ainda não há nenhum tipo de cura, nem mesmo medicamentos para tratar os animais.
Alguns testes com possíveis vacinas para prevenir a doença estão sendo feitos, mas ainda exige muito estudo.
Quando surgiu
A primeira aparição do vírus é datada do século 20, na África, e permaneceu em terras africanas até a década de 50 – quando houve relatos em Lisboa, Portugal.
O vírus se espalhou na Europa e África de maneira rápida e silenciosa, causando surtos incomuns. Atualmente, o que os pesquisadores mais temiam aconteceu: o vírus tem uma base na China, país que concentra metade dos porcos de todo o mundo.
Ainda não se sabe o que acontecerá nos próximos meses, mas pesquisadores trabalham incessantemente atrás de uma cura para o ebola suíno.