A notícia, veiculada pelo The Guardian, está a deixar o mundo incrédulo. Segundo informações, uma baleia-branca aproximou-se de pescadores noruegueses, e estes repararam que ela trazia um arnês preso ao corpo. Este acessório poderia ser usado para fixar uma câmara ou mesmo uma arma. Os pescadores referiram que o arnês terá sido fabricado na Rússia, uma vez que dizia “Equipamento de São Petersburgo”.
A tecnologia mais avançada de espionagem poderá ser um animal treinado para o efeito?
Estará a Rússia a utilizar estes animais como meio de espionagem?
Tecnologicamente a Rússia detém os equipamentos mais avançados do mundo. De mísseis a submarinos, das aeronaves à ciberguerra, sempre estiveram na linha da frente. No entanto, o método poderá ter “evoluído” para outras águas.
Especialistas marinhos na Noruega acreditam ter encontrado uma baleia-branca que foi treinada pela marinha russa como parte de um programa das forças especiais. Segundo eles, estarão a ser usados mamíferos subaquáticos para espionagem.
De salientar que, na semana passada, pescadores, em águas perto da pequena vila de pescadores noruegueses de Inga, viram uma baleia beluga branca a usar um estranho arnês. Notaram também que o mamífero os começou a perseguir, seguindo por muito tempo os seus barcos de pesca.
Nós íamos lançar as redes quando vimos uma baleia a nadar entre os barcos. Ela veio até nós e, quando se aproximou, vimos que tinha algum tipo de arnês.
Disse o pescador Joar Hesten à emissora norueguesa NRK.
O comportamento estranho chamou à atenção dos experientes pescadores
Provavelmente as baleias serão usuais naquelas águas. Contudo, foi o estranho comportamento da baleia que captou a atenção dos homens. Segundo eles, a beluga procurava ativamente os navios e tentava puxar as correias e cordas dos lados dos barcos, bem como o facto de estar a usar um arreio apertado que parecia ser para uma câmara ou arma.
Esta descrição com pormenores estranhos levantou suspeitas entre especialistas marinhos. Provavelmente, o animal recebera treino militar pela vizinha Rússia. Dentro do acessório que trazia preso e que foi removido, estavam as palavras “Equipamento de São Petersburgo”.
Um dos pescadores referiu que a baleia era muito mansa e parecia acostumada com seres humanos.
Se esta baleia vem da Rússia — e há razões para acreditar nisso — não terão sido cientistas russos que treinaram o animal mas, sim, as forças armadas russas.
Referiu Martin Biuw, um investigador norueguês que falou com o The Guardian e acrescentou que, neste caso, terá sido a marinha. Um outro investigador, Audun Rikardsen, diz ter contactado cientistas russos que garantiram nada ter a ver com o caso — reforçando, assim, a ideia de que terá sido a marinha russa a treinar o animal.
Rússia tem baleias domésticas em cativeiro
Audun Rikardsen, professor do departamento de biologia ártica e marinha da Universidade Ártica da Noruega (UiT), disse à NRK:
Sabemos que na Rússia eles mantiveram baleias domésticas em cativeiro e também sabemos que algumas delas aparentemente foram libertadas. Depois, estes animais costumam vir procurar os barcos.
Segundo os especialistas noruegueses, este método não é o usado pelos cientistas. O que estará em causa não tem a ver com o estudo das próprias baleias. Por isso referem que este equipamento terá outra serventia, como, por exemplo o de servir para prender um instrumento ou câmara à baleia.
Assim, a questão que se coloca agora é se este método não será um reativar de um projeto que a Rússia soviética usava com golfinhos nos anos 80. Deste modo, os golfinhos eram treinados para detetar armas submersas. Esse programa foi terminado no início dos anos 90, mas a investigação russa com animais marinhos continuou, segundo revelou uma reportagem da TV Zvezda em 2017.