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Hackers mostram como é possível enganar o Touch ID

Chaos Computer Club (CCC) é uma das maiores associações de hackers da Europa. Num evento realizado no passado dia 27 deste mês, foi mostrado que é possível ludibriar os mais avançados sistemas de identificação por impressão digital, atirando por terra a “inviolabilidade” desta ferramenta de segurança.
Entre os dispositivos mostrados está o iPhone 6 e o famoso Touch ID… afinal é possível enganar o sistema da Apple!
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É já conhecimento empírico que a segurança total não existe. Há sempre uma ponta solta que permite aos “especialistas” explorar uma fraqueza e invadir os sistemas mais seguros.
Na 31ª convenção anual do Chaos Computer Club, realizado em Hamburgo, na Alemanha, Jan Krissler, também conhecido por “Starbug”, explicou todo o processo que lhe permitiu copiar a impressão digital da Ministra da Defesa Alemã, Ursula von der Leyen.
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Sabemos que a cópia das impressões digitais é possível, embora que todo o processo por vezes pareça uma enredo dos famosos filmes de espionagem típicos de Hollywood. Basicamente, alguém toca numa superfície polida, um copo por exemplo, depois a gordura existente nos nossos dedos é copiosamente transferida para uma película de filme e é replicado o dedo num material o mais aproximado possível com as características da nossa pele dos dedos.
Contudo Krissler mostrou que os atributos biométricos podem ser captados sem que haja um contacto físico com qualquer objecto.
O método mostrado e exemplificado pode parecer saído de um episódio do CSI, mas na realidade o processo começa com a fotografia. Simplesmente, a impressão digital pode ser fotografada, o que poderá levar a que os políticos, no futuro, tenham de andar com luvas, gracejou o hacker.
O processo necessita de várias fotografias do dedo para que seja construída uma imagem de alta definição da impressão digital, recorrendo a software que existe no mercado actualmente, conforme referiu Krissler, denominado de VeriFinger.
Esta ferramenta tirou uma fotografia, um close-up ao dedo da ministra alemã, numa conferência de imprensa em Outubro passado e juntamente com várias outras fotografias ao dedo em vários ângulos. Tudo junto deu origem a uma fiel replica da impressão digital a ministra.
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Todo o processo mostrado poderá pôr em causa uma série de serviços e mecanismos de segurança usados por esse mundo fora. O que outrora se pensava objecto da ficção, visto nos mais ardilosos filmes da Missão Impossível, poderá realmente ser simples de fazer. Mas isso não poderá deixar de colocar no horizonte próximo a impressão digital como um processo de identificação seguro e intransmissível.
Embora os hackers mostrem que é possível enganar um Windows, um equipamento biométrico de leitura dos olhos ou mesmo ultrapassar o famoso Touch ID da Apple, há um sentimento que o caminho é mesmo pela utilização das ferramentas biométricas para assegurar a privacidade, a segurança e a individualidade de dados que cada um de nós necessita.

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