Tudo o que a jovem Rebecca Gallagher, de 25 anos, procurava era um vestido novo para usar durante o verão, mas ela acabou encontrando muito mais do que isso na peça que comprou na famosa loja de varejo Primark, por ₤ 10 (o equivalente a R$ 37).
Ao olhar a etiqueta da roupa para saber mais informações sobre os procedimentos de lavagem, Gallagher encontrou um pedido de socorro escrito a mão: "Somos forçados a trabalhar por horas exaustivas".
Conhecida por vender peças de roupa a um preço mais barato, a Primark já foi investigada outras vezes por conta de trabalho escravo. Em 2008, a empresa foi denunciada por contratar crianças indianas a partir dos 11 anos de idade para costurar miçangas e lantejoulas em suas roupas. Na ocasião, a varejista criou o site Ethical Primark, em que informa os consumidores sobre suas práticas socioambientais. A denúncia de trabalho escravo chocou a jovem, que tentou entrar em contato com a Primark para explicações, mas não foi atendida. A empresa só se pronunciou após a consumidora contar a história à imprensa. Um porta-voz disse que o Código de Conduta da Primark garante que todas as suas fábricas e fornecedores devem oferecer condições justas de trabalho aos funcionários e pediu que Gallagher devolvesse o vestido para investigação.
Por enquanto, nenhuma organização de direitos humanos se pronunciou sobre o caso de Rebecca Gallagher.