Pular para o conteúdo principal

Tráfico oferece droga em fila de show de comédia em SP


Getty Images
cocaína
Quatro horas após o portal estadão.com.br revelar a feira de drogas feita por traficantes em plena região da Avenida Paulista, em área nobre de São Paulo, a venda de cocaína, ecstasy e LSD voltou a se repetir nas calçadas da Rua Peixoto Gomide, com o consumo feito no próprio local.
Por volta das 3 horas deste domingo, 16, centenas de jovens lotavam o quarteirão da via entre as Ruas Augusta e Frei Caneca, a maior parte adolescentes que não podem entrar nas baladas da região para maiores de idade. Com o trânsito parado, traficantes ofereciam pinos de cocaína em promoção.

Mesmo com chuva, os traficantes começaram a ocupar a calçada por volta das 22 horas deste sábado, 15. Alguns vendedores de chicletes se abasteciam de pinos de cocaína e de cartelas de LSD com os líderes dos vendedores de drogas da rua, e saíam para vender ao longo da Rua Augusta, que estava completamente lotada.
"Leva 6 por 60, esse é ‘du louco’ mesmo", oferecia um jovem de moletom branco que circulava entre os carros - o mesmo flagrado no último sábado pela reportagem.
Além de festa reggae na Praça Roosevelt e do desfile de um bloco de carnaval que levou cerca de 2 mil pessoas para a parte do Minhocão fechada à noite, baladas como a Outs e o Purgatorium estavam lotadas. Os vendedores de drogas ofereciam cocaína até para casais que estavam na fila para assistir shows de stand up no Teatro Comedians.
"Tenho Halls, Trident e tenho o que mais você quiser. Cocaína, cigarrinho de haxixe já bolado, quem quer", gritava um dos vendedores de bala ao lado da fila que se formava para ver os shows de stand up por volta das 22 horas.
Na saída das apresentações, por volta da 23h30 (no novo horário), um vendedor de chiclete voltou a oferecer pinos de cocaína por R$ 20 para quem deixava o teatro.
Na Rua Peixoto Gomide, a procura pelos traficantes varou a madrugada. Em alguns momentos, com o trânsito parado, jovens desciam do carro para comprar os pinos de pó e voltavam para o veículo.
Entre 21h50 e 4 horas, nenhum carro da PM revistou ou abordou os traficantes que gritavam para oferecer ecstasy, cartelas de LSD, lança-perfume e gotas de GHB (anestésico usado como estimulante sexual), servidas em tubo de adoçante, direto na boca do usuário. Uma base móvel da PM passou pela Peixoto Gomide, por volta de 1h30, mas ninguém chegou a inibir o tráfico.
Venda
Dentro da conveniência do posto na esquina das Ruas Augusta e Peixoto Gomide, 20 pessoas faziam fila no caixa para pagar pela droga.
Como mostrou a reportagem neste domingo, quem não tem dinheiro vivo na alta madrugada pode pagar pinos de cocaína e de ecstasy no caixa da conveniência. Procurada pela reportagem, a gerência do posto não se manifestou até este domingo às 20h30.
Os traficantes que abordam os jovens nas portas de baladas também oferecem a possibilidade de o usuário ir pagar no posto. "Se você quiser vamos lá agora, é bem rápido", disse um vendedor de chicletes que oferecia pinos de cocaína. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Postagens mais visitadas deste blog

“internet zumbi”

 A ascensão do slop, diz ele, transformou a rede social em um espaço onde “uma mistura de bots, humanos e contas que já foram humanos, mas não se misturam mais para formar um site desastroso onde há pouca conexão social”. Nick Clegg, presidente de assuntos globais da empresa-mãe do Facebook, Meta, escreveu em fevereiro que a rede social está treinando seus sistemas para identificar conteúdo feito por IA. “Como a diferença entre conteúdo humano e sintético fica turva, as pessoas querem saber onde está o limite”, escreveu ele. O problema começou a preocupar a principal fonte de receita da indústria de mídia social: as agências de publicidade que pagam para colocar anúncios ao lado do conteúdo. Farhad Divecha, diretor-gerente da agência de marketing digital AccuraCast, com sede no Reino Unido, diz que agora está encontrando casos em que os usuários estão sinalizando erroneamente os anúncios como slop feitos de IA quando não estão. “Vimos casos em que as pessoas comentaram qu

A MENTE ARTÍSTICA

Em seu novo livro, as autoras Susan Magsamen, fundadora e diretora do International Arts + Mind Lab, e Ivy Ross afirmam que fazer e experimentar arte pode nos ajudar a florescer Quando Susan Magsamen tomou a decisão de terminar seu primeiro casamento, ela enfrentou dias emocionais e difíceis trabalhando não apenas em seus próprios sentimentos, mas os de seus filhos pequenos. Foi preciso um pedaço de argila de uma criança para mudar tudo isso. Como ela relata em seu novo livro, Your Brain on Art: How the Arts Transform Us (Random House, 2023), ela "começa a esculpir espontaneamente. O que emergiu foi uma estátua de uma mulher de joelhos, seus braços levantados com as mãos estendendo o céu e sua cabeça inclinada para trás, soluçando em total desespero sem palavras." Logo, ela escreve, ela mesma estava em lágrimas. Podemos reconhecer essa ação como um exemplo de uso de nossa criatividade para expressar e liberar emoções reprimidos. Mas como Magsamen, fundadora e diretora executi

Cibersegurança: Confiança zero… desconfiança por omissão

  Atualmente, todas as empresas têm presença digital. Embora este facto traga inúmeros benefícios, também acarreta uma série de riscos. Os cibercriminosos estão a encontrar cada vez mais formas de contornar as medidas de segurança e aceder aos dados. Se a proteção não for suficientemente forte, os dados das organizações, dos seus clientes e dos seus parceiros podem ser comprometidos, com consequências terríveis para as empresas. A crescente digitalização, juntamente com a evolução das táticas dos cibercriminosos, está a resultar num aumento dos incidentes de cibersegurança. Esta tendência preocupante é demonstrada no último Relatório de Violação de Dados, realizado pelo Internet Theft Resource Center (ITRC), que regista 2.365 ciberataques em 2023 que afetaram mais de 300 milhões de vítimas. Com este conhecimento, é essencial que as empresas tomem medidas e protejam os seus sistemas para evitar que utilizadores não identificados acedam a informações sensíveis. Só assim será possível red