Pular para o conteúdo principal

Conheça o Linux que mantém você no anonimato

Tails é uma distribuição Linxu baseada no Debian GNU/Linux e roda em modo live (através de um USB ou DVD) com o objetivo não deixar rastros quando você se comunica pela internet e criptografar tudo que for possível. O slogan deste Linux é claro neste sentido: The Amnesic Incognito Live System. Amnésico, porque ela perde a memória de longo prazo e Incógnito porque ela oculta qualquer atividade de comunicação.

Mas até que ponto o Tails pode ser considerado seguro?
1)  Todas as conexões estão configuradas para usar a rede de anonimato Tor. Conexões diretas (ponto a ponto) são bloqueadas, já que elas podem revelar seu IP de origem;
2) A distribuição não usa o disco rígido da sua máquina (existem métodos para recuperar informações gravadas nele). O Tails grava os dados na memória RAM. Isto, na teoria, dificulta a recuperação de documentos extremamente sigilosos. Mas existem métodos custosos para recuperar dados da memória;
3) Criptografia por todo o sistema: criptografia do sistema de arquivos com o Linux Unified Key Setup (LUKS). Uso de HTTP com SSL em todos os sites que suportam, pelo plug-in HTTPS Everywhere. Comunicação via OTR (Off The Record). Limpeza dos arquivos com o Nautilus Wipe e criptografia das mensagens por e-mail com OpenPGP.
O Tails certamente não é o mais seguro, mas tem a capacidade de atingir um nível de segurança que podemos classificar como confortável – ou paranoico, dependendo do ponto de vista. Há uma lista dos tipos de ataques que a distribuição ainda não tem contra medidas.
A versão 0.18, lançada no dia 18 de maio deste ano, tem 861 MB de tamanho e sua assinatura – para validar o que você baixou. Para instalar em um pen drive, você pode instalar o Tails em um DVD e posteriormente rodar o Tails USB installer. Caso queira instalar através do Windows, os autores recomendam usar o aplicativo Universal USB Installer. Vale consultar a documentação oficial, em português, para não errar em nenhum passo.cr

Postagens mais visitadas deste blog

“internet zumbi”

 A ascensão do slop, diz ele, transformou a rede social em um espaço onde “uma mistura de bots, humanos e contas que já foram humanos, mas não se misturam mais para formar um site desastroso onde há pouca conexão social”. Nick Clegg, presidente de assuntos globais da empresa-mãe do Facebook, Meta, escreveu em fevereiro que a rede social está treinando seus sistemas para identificar conteúdo feito por IA. “Como a diferença entre conteúdo humano e sintético fica turva, as pessoas querem saber onde está o limite”, escreveu ele. O problema começou a preocupar a principal fonte de receita da indústria de mídia social: as agências de publicidade que pagam para colocar anúncios ao lado do conteúdo. Farhad Divecha, diretor-gerente da agência de marketing digital AccuraCast, com sede no Reino Unido, diz que agora está encontrando casos em que os usuários estão sinalizando erroneamente os anúncios como slop feitos de IA quando não estão. “Vimos casos em que as pessoas comentaram qu

A MENTE ARTÍSTICA

Em seu novo livro, as autoras Susan Magsamen, fundadora e diretora do International Arts + Mind Lab, e Ivy Ross afirmam que fazer e experimentar arte pode nos ajudar a florescer Quando Susan Magsamen tomou a decisão de terminar seu primeiro casamento, ela enfrentou dias emocionais e difíceis trabalhando não apenas em seus próprios sentimentos, mas os de seus filhos pequenos. Foi preciso um pedaço de argila de uma criança para mudar tudo isso. Como ela relata em seu novo livro, Your Brain on Art: How the Arts Transform Us (Random House, 2023), ela "começa a esculpir espontaneamente. O que emergiu foi uma estátua de uma mulher de joelhos, seus braços levantados com as mãos estendendo o céu e sua cabeça inclinada para trás, soluçando em total desespero sem palavras." Logo, ela escreve, ela mesma estava em lágrimas. Podemos reconhecer essa ação como um exemplo de uso de nossa criatividade para expressar e liberar emoções reprimidos. Mas como Magsamen, fundadora e diretora executi

Cibersegurança: Confiança zero… desconfiança por omissão

  Atualmente, todas as empresas têm presença digital. Embora este facto traga inúmeros benefícios, também acarreta uma série de riscos. Os cibercriminosos estão a encontrar cada vez mais formas de contornar as medidas de segurança e aceder aos dados. Se a proteção não for suficientemente forte, os dados das organizações, dos seus clientes e dos seus parceiros podem ser comprometidos, com consequências terríveis para as empresas. A crescente digitalização, juntamente com a evolução das táticas dos cibercriminosos, está a resultar num aumento dos incidentes de cibersegurança. Esta tendência preocupante é demonstrada no último Relatório de Violação de Dados, realizado pelo Internet Theft Resource Center (ITRC), que regista 2.365 ciberataques em 2023 que afetaram mais de 300 milhões de vítimas. Com este conhecimento, é essencial que as empresas tomem medidas e protejam os seus sistemas para evitar que utilizadores não identificados acedam a informações sensíveis. Só assim será possível red