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Cangaceiro, 'badogue' e carcará são personagens de game feito na Bahia


Cangaceiro de Badogue (Foto: Divulgação/Soterotech)Personagem principal, Lino, homenageia Virgulino da Silva, o Lampião (Foto: Divulgação/Soterotech)
Um cangaceiro, um carcará e um calango, figuras típicas do sertão nordestino, protagonizam um novo game feito na Bahia no qual o personagem principal, Lino, tem de enfrentar os mais difíceis obstáculos para liberar as águas de um rio e chegar até a sua amada. Ele é perseguido pelo seu rival, o carcará, e, para se defender, está sempre acompanhado de um "badogue", considerada a sua poderosa arma. (No vídeo ao lado, a equipe mostra parte do processo produtivo do game. Assista).
Desenvolvido há dois meses na cidade de Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador, uma versão d"O cangaceiro de badogue" será apresentada neste sábado (16) e no domingo (17) durante o Gamepólitan, evento que reúne fãs de jogos e acontece no Centro de Convenções de Salvador. O lançamento oficial do produto deve acontecer no segundo semestre deste ano.
Calango (Foto: Divulgação/Soterotech)'Calango cangaceiro' também é um dos
personagens (Foto: Divulgação/Soterotech)
Segundo Jailson Souza, que integra a equipe da empresa Sotero Tech, com cerca de 13 pessoas, a ideia surgiu em 2009, na ocasião em que um grupo de amigos se reunia para jogar Counter-Strike. "A gente deu ao nosso grupo o nome de cangaceiro de badogue na época, como uma brincadeira. Mas depois lembro que me deu vontade de fazer o desenho do calango. Peguei um horário depois do trabalho, fiz e pensei que aquilo devia virar um game", explica.
O jogo começou a ser feito há dois meses e está em fase de finalização. Segundo os desenvolvedores, o orçamento prevê um investimento total de cerca de R$ 70 mil. "Esse é um valor por baixo, porque já temos uma empresa montada. Mas, se formos imaginar uma empresa criada recentemente, o valor de um primeiro jogo desse porte chega a R$ 250 mil", revela Mariano Maia, um dos sócios da empresa.

Os desenvolvedores acreditam que a temática nordestina seja um diferencial para a empresa formada há dois anos. "Estamos saindo da reprodução de jogos com temas americanizados e trazendo o nordeste, nossa realidade, para esse universo. O próprio nome do personagem principal, Lino, é uma homenagem ao cangaceiro Virgulino [Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião], além de Mariá, a amada, que homenageia Maria Bonita", frisa Mariano Maia.
Temática

A bordo de um monociclo personalizado, Lino tem a missão de derrotar o vilão carcará, uma mutação de homem e pássaro que sequestrou a amada Mariá. Sempre acompanhado do amigo Piaba, um calango sertanejo, o game promete ser uma opção para levar a cultura sertaneja para crianças e adultos.
A expectativa é que, após o lançamento, o jogo custe entre U$S 1 e U$S 5, valor cobrado entre os games das plataformas IOS e Android. Se atender às expectativas, os desenvolvedores ainda planejam lançar sequências de "O cangaceiro de badogue", assim como produtos a exemplo de bonecos e camisas.
"Temos um mercado [de games] ainda carente [na Bahia], mas nós queremos mostrar que é possível desenvolver um jogo aqui com a mesma capacidade de concorrer com grandes nomes do Brasil e do mundo", explica Mariano Maia, citando como exemplo a franquia Angry Birds, da Rovio Mobile, que começou como uma empresa "indie", jovem e sem recursos, e hoje tem um dos principais games para dispositivos móveis.
Cangaceiro de Badogue (Foto: Divulgação/Soterotech)Desenho do moniciclo usado no game (Foto: Divulgação/Soterotech)
Euqipe produz o game (Foto: Egi Santana/G1)Equipe jovem produz o game em Salvador (Foto: Egi Santana/G1)

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