Ora vivam caros linuxianos!!! Cá estamos nós para a primeira rubrica
“Comandos Linux para Totós” de 2013, com o objectivo de chegarmos ao
tutorial nº100! Para isso contamos também com a vossa ajuda, sendo que a
partir de agora podem enviar as vossas dicas para que nós possamos
publicar (ver no final do artigo)
Preparados para mais um Comandos Linux para Totós ???….Lets go…!
Depois de termos feito aqui uma introdução ao sistema de ficheiros em Linux, hoje apresentamos uma visão mais detalhada deste assunto. Uma das maiores confusões para um novo utilizador de Linux são as directorias existentes. Relativamente a outros S.O., que são mínimas as directorias existentes na raiz do disco, Linux mantém um número considerável delas. Neste pequeno tutorial, iremos tentar que percebam para que servem e o que está dentro de cada uma delas.
O Filesystem Hierarchy Standard define os directórios principais e o seu conteúdo num sistema operativo Linux ou do tipo Unix.
Em 1993, a comunidade de Linux formou um grupo para fornecer um esquema standard da estrutura de directórios de Linux. A intenção desde grupo era delinear e orientar formas de reduzir a proliferação de esquemas do sistema de ficheiros proprietários e a sua possível contribuição para a fragmentação do mercado.
O FHS é mantido pelo grupo “Free Standards Group”, uma organização sem fins lucrativos formada por empresas de hardware e software como a HP, Red Hat, IBM e Dell.
Este grupo lançou um documento, descrevendo o Standard, também conhecido como FSSTND, em 1994. No ano seguinte, o grupo começou a reduzir conteúdo especifico de Linux e a aperfeiçoar o standard para incluir também outros sistemas operativos baseados em Unix. Assim que o FSSTND começou a atrair mais interessados, foi renomeado para FHS.
Embora o FHS não seja um requisito para programadores e distribuições, a comunidade de Linux entende a importância dos standards e as maiores distribuições de Linux suportam-no.
Manter os ficheiros organizados em respeito a estes atributos simplifica a partilha de ficheiros, a administração do sistema e a complexidade das cópias de segurança (backup), bem como a reduzir os requisitos de armazenamento.
O FHS organiza os tipos de dados anteriores na seguinte tabela, com algumas directorias como exemplo.
Nota: Embora o FHS seja um documento que define a estrutura de directórios de Linux, não obriga a que todas as directorias descritas nele estejam presentes em todas as instalações de Linux. Algumas directorias são dependentes de pacotes ou abertas a personalização por parte das distribuições.
O directório raiz (/) está no topo de toda a estrutura de directórios. O FHS define as seguintes linhas:
Algumas distribuições já não diferenciam /lib de /usr/lib e /lib é um link para /usr/lib.
Em sistemas de 64bits é normal ver a directoria /lib como um link simbólico para /lib64 e também a existência da directoria /lib32 para bibliotecas de 32 bits.
Estas são as directorias definidas pelo FHS como importantes e que têm que estar presentes num sistema Linux.
As restantes directorias existentes no nível de topo são consideradas não essenciais para procedimentos de emergência:
Nota: O FHS diz: “O conteúdo da directoria de topo tem que ser adequado ao arranque, recuperação e/ou reparação do sistema”. Isto leva à recomendação que as directorias /usr, /opt e /var possam estar localizadas noutras partições e/ou discos localmente ou na rede.
Nota: Esta directoria não está disponível em todas as distribuições. Em algumas distribuições, os dados de serviços disponibilizados pelo sistema encontram-se em /var
Por hoje é tudo! Espero que estejam a aproveitar estes tutoriais para aumentar ainda mais o vosso conhecimento sobre Linux e aguardo ansiosamente o vosso feedback.
Preparados para mais um Comandos Linux para Totós ???….Lets go…!
Depois de termos feito aqui uma introdução ao sistema de ficheiros em Linux, hoje apresentamos uma visão mais detalhada deste assunto. Uma das maiores confusões para um novo utilizador de Linux são as directorias existentes. Relativamente a outros S.O., que são mínimas as directorias existentes na raiz do disco, Linux mantém um número considerável delas. Neste pequeno tutorial, iremos tentar que percebam para que servem e o que está dentro de cada uma delas.
O Filesystem Hierarchy Standard define os directórios principais e o seu conteúdo num sistema operativo Linux ou do tipo Unix.
Em 1993, a comunidade de Linux formou um grupo para fornecer um esquema standard da estrutura de directórios de Linux. A intenção desde grupo era delinear e orientar formas de reduzir a proliferação de esquemas do sistema de ficheiros proprietários e a sua possível contribuição para a fragmentação do mercado.
O FHS é mantido pelo grupo “Free Standards Group”, uma organização sem fins lucrativos formada por empresas de hardware e software como a HP, Red Hat, IBM e Dell.
Este grupo lançou um documento, descrevendo o Standard, também conhecido como FSSTND, em 1994. No ano seguinte, o grupo começou a reduzir conteúdo especifico de Linux e a aperfeiçoar o standard para incluir também outros sistemas operativos baseados em Unix. Assim que o FSSTND começou a atrair mais interessados, foi renomeado para FHS.
Embora o FHS não seja um requisito para programadores e distribuições, a comunidade de Linux entende a importância dos standards e as maiores distribuições de Linux suportam-no.
Tipos de dados
Segundo o FHS, são definidas duas categorias de dados, cada uma com dois sub-tipos opostos:- Partilha de dados– Esta categoria define o uso num ambiente de rede:
- Partilhável – Dados partilháveis podem ser usados por múltiplos computadores numa rede. Este tipo de dados contém informação genérica. Exemplos incluem programas executáveis, documentação, dados genéricos.
- Não Partilhável – Estes dados não são partilháveis pois estão directamente ligados ao computador, como ficheiros de configuração
- Modificação de dados– Esta categoria define como são alterados os dados:
- Variável – Dados considerados variáveis são quando as alterações são efectuadas de forma natural, por processos frequentes. Exemplos incluem ficheiros de utilizadores e ficheiros de log do sistema, com /var/log/messages ou /var/log/syslog
- Estáticos – Dados estáticos são deixados de parte, permanecendo os mesmos dia após dia. Exemplos incluem ficheiros binários, como o ls e bash, que apenas mudam quando o administrador efectua uma actualização.
Manter os ficheiros organizados em respeito a estes atributos simplifica a partilha de ficheiros, a administração do sistema e a complexidade das cópias de segurança (backup), bem como a reduzir os requisitos de armazenamento.
O FHS organiza os tipos de dados anteriores na seguinte tabela, com algumas directorias como exemplo.
O directório raiz – /
O FHS oferece um nível de detalhe significativo, descrevendo a localização exacta dos ficheiros, usando as definições de estático/variável e partilhável/não partilhável.Nota: Embora o FHS seja um documento que define a estrutura de directórios de Linux, não obriga a que todas as directorias descritas nele estejam presentes em todas as instalações de Linux. Algumas directorias são dependentes de pacotes ou abertas a personalização por parte das distribuições.
O directório raiz (/) está no topo de toda a estrutura de directórios. O FHS define as seguintes linhas:
- Tem que incluir utilitários e ficheiros suficientes para permitir o arranque do sistema, incluindo a funcionalidade de montar outros sistemas de ficheiros. Isto inclui utilitários, dispositivos, configurações e outros dados importantes para o arranque.
- Deve conter utilitários necessários ao administrador para poder reparar ou restaurar um sistema danificado.
- Novo software não deve criar ficheiros ou directorias na raiz.
/bin
A directoria /bin contem comandos do sistema, como o cp, ls, mkdir, ln e mais. Estes comandos são essenciais para o funcionamento do sistema./dev
Ficheiros de dispositivos para aceder a discos e outros. Exemplos são partições de discos, como sda1, e terminais, como tty1. Os dispositivos têm que estar presentes no arranque do sistema para uma montagem e configurações correctas. Há uma excepção a esta regra para sistemas que usem sysfs, que tornam a directoria /dev um sistema virtual, tal como a directoria /proc./etc
Esta directoria contem configurações importantes e únicas para o sistema e é necessária durante o arranque. Não existem programas executáveis aqui guardados./lib
A directoria /lib contem bibliotecas partilhadas e módulos para o kernel, ambos essenciais para o arranque do sistema.Algumas distribuições já não diferenciam /lib de /usr/lib e /lib é um link para /usr/lib.
Em sistemas de 64bits é normal ver a directoria /lib como um link simbólico para /lib64 e também a existência da directoria /lib32 para bibliotecas de 32 bits.
/mnt
Esta directoria é fornecida para uso do administrador. Geralmente está vazia. Historicamente, servia para pontos de montagem temporários, como floppy e o cdrom. Agora montam-se outras partições temporárias, como partições de windows para algum tipo de reparação, mas nada impede que sejam montadas noutro lado qualquer./root
A directoria recomendada por defeito (mas opcional) para o administrador. Embora não seja essencial que esta directoria esteja localizada mesmo por baixo da directoria de topo (/), é conveniente, porque desta forma os ficheiros de configuração do administrador estão disponíveis para manutenção e recuperação do sistema./sbin
Contém utilitários essenciais para administração do sistema. Esta directoria é semelhante à directoria /bin.Estas são as directorias definidas pelo FHS como importantes e que têm que estar presentes num sistema Linux.
As restantes directorias existentes no nível de topo são consideradas não essenciais para procedimentos de emergência:
/boot
Contém ficheiros para o gestor de arranque (GRUB ou LILO). Tipicamente esta directoria é pequena, pode ser colocada na directoria de topo. Por vezes é também separada (montada numa partição separada) para manter os ficheiros nos primeiros 1024 cilindros de um disco./home
Esta directoria contem as pastas pessoais dos utilizadores do sistema. É geralmente uma partição ou disco diferentes./opt
Esta directoria é geralmente usada para instalação de software, diferente do que é instalado usando as ferramentas da distribuição. É frequentemente a directoria escolhida por vendedores de software para a instalação dos seus produtos./tmp
Serve para guardar ficheiros temporários. O FHS recomenda (mas não obriga) que o seu conteúdo seja apagado em cada arranque do sistema./usr
A directoria /usr contém programas executáveis considerados não essenciais para uma recuperação do sistema. Geralmente também se encontra numa partição ou disco diferentes. Contém dados partilháveis, apenas de leitura, e é frequentemente montada localmente, apenas de leitura e partilhada por NFS[1].Nota: O FHS diz: “O conteúdo da directoria de topo tem que ser adequado ao arranque, recuperação e/ou reparação do sistema”. Isto leva à recomendação que as directorias /usr, /opt e /var possam estar localizadas noutras partições e/ou discos localmente ou na rede.
/srv
Esta directoria mantêm dados fornecidos por serviços no sistema. Se estamos a usar um servidor Apache HTTP ou FTP, é provável que os dados disponibilizados pelos serviços esteja em directorias dentro de /srv.Nota: Esta directoria não está disponível em todas as distribuições. Em algumas distribuições, os dados de serviços disponibilizados pelo sistema encontram-se em /var
/var
A directoria /var é o oposto da directoria /usr, que tem que ser apenas de leitura. Ficheiros de log e outros que deveriam ser escritos em /usr, são escritos na directoria /var. A directoria /var guarda dados variáveis./selinux
Se o sistema correr SELinux, esta directoria irá estar presente e conter ficheiros especiais necessários ao funcionamento do SELinux. Esta directoria é semelhante à directoria /proc./run
Esta é uma directoria recente, e fornece às aplicações um local para guardarem ficheiros temporários, como sockets e IDs de processos. Estes ficheiros não podem ser colocados em /tmp, porque esta directoria é limpa no arranque./media
É nesta directoria que são montados os dispositivos multimédia ligados ao computador, como CDROMs, pens usb, etc./lost+found
Cada sistema de ficheiros de Linux contém uma directoria destas. No caso de uma verificação do sistema durante o arranque (por um crash ou a pedido) encontrar ficheiros corrompidos, são colocados nesta directoria para que mais tarde se possa tentar recuperar alguns dados.Por hoje é tudo! Espero que estejam a aproveitar estes tutoriais para aumentar ainda mais o vosso conhecimento sobre Linux e aguardo ansiosamente o vosso feedback.
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