Pular para o conteúdo principal

Seis dicas para fazer “home banking” com segurança


Um dos golpes mais populares na internet são os e-mails de “phishing” que alegam que um banco está “recadastrando contas” ou fazendo uma “atualização de segurança” , e que tentam convencer o usuário a visitar um site (que parece o site do banco, mas é comandado por criminosos) para “confirmar seus dados pessoais”, incluindo aí o número da conta, agência, senha...
Não precisamos dizer que quem cai nessa história tem prontamente todo o dinheiro em sua conta roubado, e ainda corre o risco de ter que arcar com os custos de empréstimos feitos pelos falsários. Isso não significa que você deve evitar o home banking: não dá pra abrir mão desta comodidade com a correria da vida moderna. Basta seguir alguns cuidados básicos, como os que mostramos a seguir. Não garantimos que você ficará imune aos hackers, mas os riscos serão bem menores.
1. Instale software de segurança: não dá pra frisar o quão importante é isso. Instale um pacote anti-vírus e anti-spyware, nem que seja um gratuito como o AVG Free ou o Microsoft Security Essentials, e o mantenha sempre atualizado. Um anti-vírus desatualizado é pior do que anti-vírus nenhum, pois dá uma falsa sensação de segurança.
2. Tenha cuidado com os e-mails: você recebeu uma mensagem do banco dizendo que é necessário algum tipo de recadastramento ou atualização, ou você perderá o acesso à sua conta. Em primeiro lugar, pare e pense: você tem conta no banco que supostamente mandou o e-mail? Não? Então vai atualizar o quê? Descarte a mensagem, pois é golpe.
Em segundo lugar, preste atenção: os golpistas costumam cometer erros grosseiros de português, que um banco de verdade nunca cometeria. Se a mensagem parece ter sido escrita por um repetente da 5ª série, desconsidere.
Em terceiro lugar, por mais legítima que a mensagem pareça, não clique em nenhum link. Mesmo um link que parece legítimo à primeira vista pode estar “armado” para levá-lo a uma página falsa que irá tentar roubar suas informações pessoais, isso se não infectar também seu computador com malware. Feche a mensagem, abra um navegador e digite manualmente o endereço do site de seu banco. Veja se a página fala sobre algum recadastramento, se ele for verdadeiro estará lá. Em caso de dúvidas, entre em contato com o atendimento ao cliente do banco.
3. Não continue na página se ela não for segura: antes de digitar seu nome de usuário e senha na página do banco, dê uma espiadinha no endereço. Ele deve começar com “https://” em vez de “http://”. O “s” extra indica uma conexão segura entre o site e seu navegador. Se a conexão não for segura, não prossiga. O Firefox e o Chrome dão uma forcinha, e destacam o começo do endereço em verde se estiver tudo OK.
4. Use uma senha forte: as melhores senhas tem pelo menos 8 caracteres e são uma combinação aleatória de letras (idealmente maiúsculas e minúsculas) e números, como “LVtkG70D”. “joao1234” ou “12senha3” não são combinações aleatórias, e são péssimas senhas pois são fáceis de adivinhar (assim como datas de aniversário). Se seu navegador se oferecer para guardar a senha, diga que não. Estas dicas servem não só para bancos, mas para qualquer site ou serviço na web.
E nem pense em usar a mesma senha do banco em qualquer outro site que você visita. Se você não quer ter o trabalho de criar senhas fortes e se lembrar delas, use um gerenciador de senhas como o LastPass, que é gratuito e funciona com qualquer navegador. 
5. Evite computadores e redes públicas: não acesse o site de seu banco, de sua operadora de cartão de crédito ou mesmo uma loja virtual em um computador público, como uma Lan House, nem usando uma conexão Wi-Fi “gratuita” em um shopping ou restaurante. Você nunca sabe o que pode ter sido instalado no computador (há programas chamados keyloggers, que capturam tudo o que é digitado e enviam a informação para um criminoso) ou se há alguma “escuta” na conexão. 
6. Proteja informações confidenciais: se você guarda recibos de banco ou formulários de imposto de renda no computador, encontre uma forma de criptografá-los. Assim, mesmo que seu computador cair em mãos erradas eles estarão a salvo de bisbilhoteiros. Uma alternativa é guardar estes arquivos em um pendrive ou HD externo com criptografia e um leitor de impressões digitais integrado. Assim, só você terá acesso a eles.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

“internet zumbi”

 A ascensão do slop, diz ele, transformou a rede social em um espaço onde “uma mistura de bots, humanos e contas que já foram humanos, mas não se misturam mais para formar um site desastroso onde há pouca conexão social”. Nick Clegg, presidente de assuntos globais da empresa-mãe do Facebook, Meta, escreveu em fevereiro que a rede social está treinando seus sistemas para identificar conteúdo feito por IA. “Como a diferença entre conteúdo humano e sintético fica turva, as pessoas querem saber onde está o limite”, escreveu ele. O problema começou a preocupar a principal fonte de receita da indústria de mídia social: as agências de publicidade que pagam para colocar anúncios ao lado do conteúdo. Farhad Divecha, diretor-gerente da agência de marketing digital AccuraCast, com sede no Reino Unido, diz que agora está encontrando casos em que os usuários estão sinalizando erroneamente os anúncios como slop feitos de IA quando não estão. “Vimos casos em que as pessoas comentaram qu

A MENTE ARTÍSTICA

Em seu novo livro, as autoras Susan Magsamen, fundadora e diretora do International Arts + Mind Lab, e Ivy Ross afirmam que fazer e experimentar arte pode nos ajudar a florescer Quando Susan Magsamen tomou a decisão de terminar seu primeiro casamento, ela enfrentou dias emocionais e difíceis trabalhando não apenas em seus próprios sentimentos, mas os de seus filhos pequenos. Foi preciso um pedaço de argila de uma criança para mudar tudo isso. Como ela relata em seu novo livro, Your Brain on Art: How the Arts Transform Us (Random House, 2023), ela "começa a esculpir espontaneamente. O que emergiu foi uma estátua de uma mulher de joelhos, seus braços levantados com as mãos estendendo o céu e sua cabeça inclinada para trás, soluçando em total desespero sem palavras." Logo, ela escreve, ela mesma estava em lágrimas. Podemos reconhecer essa ação como um exemplo de uso de nossa criatividade para expressar e liberar emoções reprimidos. Mas como Magsamen, fundadora e diretora executi

Cibersegurança: Confiança zero… desconfiança por omissão

  Atualmente, todas as empresas têm presença digital. Embora este facto traga inúmeros benefícios, também acarreta uma série de riscos. Os cibercriminosos estão a encontrar cada vez mais formas de contornar as medidas de segurança e aceder aos dados. Se a proteção não for suficientemente forte, os dados das organizações, dos seus clientes e dos seus parceiros podem ser comprometidos, com consequências terríveis para as empresas. A crescente digitalização, juntamente com a evolução das táticas dos cibercriminosos, está a resultar num aumento dos incidentes de cibersegurança. Esta tendência preocupante é demonstrada no último Relatório de Violação de Dados, realizado pelo Internet Theft Resource Center (ITRC), que regista 2.365 ciberataques em 2023 que afetaram mais de 300 milhões de vítimas. Com este conhecimento, é essencial que as empresas tomem medidas e protejam os seus sistemas para evitar que utilizadores não identificados acedam a informações sensíveis. Só assim será possível red