Pular para o conteúdo principal

Novo malware ataca os antivírus


Um novo trojan desenvolvido na China foi criado especialmente para desabilitar as defesas de softwares antivírus baseados em computação de nuvem.

O malware, 
identificado como TrojanDropper:Win32/Bohu.A pela Microsoft, comoDropper.Win32.Bobohu.a pela Rising AV, como Trojan-Dropper.Win32.NSIS.tw pela Kaspersky e comoTroj/Agent-OSP pela Sophos, bloqueia as conexões usadas pelos serviços de computação de nuvem dos softwares antivírus.

Os criadores de malwares já utilizam rotinas que visam desativar os softwares antivírus instalados nos computadores ou bloquear o acesso aos sites de empresas de segurança, mas este é o primeiro visando os que utilizam a computação de nuvem.

E como cada vez mais as empresas de segurança estão começando a adotar arquiteturas baseadas em computação de nuvem em seus softwares antivírus, o surgimento do TrojanDropper:Win32/Bohu.A mostra que os criminosos já começaram a se adaptar às mudanças.

O uso de tecnologias baseadas em computação de nuvem nos softwares antivírus reduz o impacto no desempenho do computador do usuário e também permite a detecção de novas ameaças quase que em tempo real.
Panda Cloud Antivirus, um exemplo de software
antivírus baseado em computação de nuvem
O TrojanDropper:Win32/Bohu.A, detectado por pesquisadores da Microsoft na China foi criado para bloquear especificamente os produtos das empresas de segurança Kingsoft, Qihoo e Rising no país.

O malware chega disfarçado como um codec de vídeo, uma das iscas mais comuns usadas por criadores de vírus em todo o mundo. Ao ser instalado, o TrojanDropper:Win32/Bohu.A aplica um filtro que bloqueia o tráfego entre as máquinas infectadas e o provedor de serviços.

O malware também possui rotinas para permitir que ele oculte sua presença nas máquinas infectadas.

Pesquisadores de segurança na Microsoft descreveram o TrojanDropper:Win32/Bohu.A como o primeiro elemento em uma nova onda de malwares visando as tecnologias de computação de nuvem.

Mais detalhes técnicos sobre ele estão disponíveis 
no Microsoft Malware Protection Center.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Cibersegurança: Confiança zero… desconfiança por omissão

  Atualmente, todas as empresas têm presença digital. Embora este facto traga inúmeros benefícios, também acarreta uma série de riscos. Os cibercriminosos estão a encontrar cada vez mais formas de contornar as medidas de segurança e aceder aos dados. Se a proteção não for suficientemente forte, os dados das organizações, dos seus clientes e dos seus parceiros podem ser comprometidos, com consequências terríveis para as empresas. A crescente digitalização, juntamente com a evolução das táticas dos cibercriminosos, está a resultar num aumento dos incidentes de cibersegurança. Esta tendência preocupante é demonstrada no último Relatório de Violação de Dados, realizado pelo Internet Theft Resource Center (ITRC), que regista 2.365 ciberataques em 2023 que afetaram mais de 300 milhões de vítimas. Com este conhecimento, é essencial que as empresas tomem medidas e protejam os seus sistemas para evitar que utilizadores não identificados acedam a informações sensíveis. Só assim será possível...

Apple Intelligence

  O iOS 18.2 trouxe  uma série de novos recursos dentro da suíte Apple Intelligence   e isso também está exigindo mais armazenamento livre nos iPhones, iPads e Macs compatíveis. Conforme as novas diretrizes da Apple, agora  o usuário precisa manter ao menos 7 GB de memória livre  no dispositivo caso deseje usar as funcionalidades de Inteligência Artificial. Ou seja, um aumento considerável em relação aos 4 GB de armazenamento  exigidos anteriormente no iOS 18.1 . A Apple diz que essa mudança é necessária porque muitas das funções de IA são processadas localmente pela NPU Apple Silicon, algo que exige mais espaço de memória. Caso o usuário não tenha os 7 GB disponíveis, ele será impedido de usar a IA para gerar emojis (Genmoji) ou conversar com a nova Siri, que tem o ChatGPT integrado.   Recursos mais "simples", como a tradução ou resumo de textos, também deixam de funcionar. Na prática, usuários que procuram comprar os novos aparelhos da linha  iP...

“internet zumbi”

 A ascensão do slop, diz ele, transformou a rede social em um espaço onde “uma mistura de bots, humanos e contas que já foram humanos, mas não se misturam mais para formar um site desastroso onde há pouca conexão social”. Nick Clegg, presidente de assuntos globais da empresa-mãe do Facebook, Meta, escreveu em fevereiro que a rede social está treinando seus sistemas para identificar conteúdo feito por IA. “Como a diferença entre conteúdo humano e sintético fica turva, as pessoas querem saber onde está o limite”, escreveu ele. O problema começou a preocupar a principal fonte de receita da indústria de mídia social: as agências de publicidade que pagam para colocar anúncios ao lado do conteúdo. Farhad Divecha, diretor-gerente da agência de marketing digital AccuraCast, com sede no Reino Unido, diz que agora está encontrando casos em que os usuários estão sinalizando erroneamente os anúncios como slop feitos de IA quando não estão. “Vimos casos em que as pessoas comentara...