Pular para o conteúdo principal

IE, Firefox, Opera, Safari ou Chrome

IE, Firefox, Opera, Safari ou Chrome: qual o browser mais seguro?

Tom Kaneshige, da InfoWorld / EUA
02-03-2009

A web transborda ameaças venenosas e a maior parte delas chega ao PC por meio do browser. Veja quem lida melhor com isso.

Publicidade

browsers_seguranca_150A sua escolha por algum navegador pode mudar as chances de você ser infectado? O senso comum sugere que se evite o Internet Explorer simplesmente porque ele é alvo de uma quantidade muito maior de malware do que qualquer outro browser.

Faz sentido, mas não podemos ficar conformados com essa resposta simplista. Por isso, nós vasculhamos a fundo as funcionalidades de segurança dos cinco browsers mais populares: Internet Explorer, Firefox, Opera, Safari e Chrome. Dissecamos cada um dos recursos e funções de segurança enquanto navegávamos pelos sites mais perigosos e infectados da Internet.

Leia também:
> Chrome, IE 8 e Firefox 3 se enfrentam na guerra dos browsers

No fim das contas, concluímos que um comportamento consciente do usuário e o hábito de instalar sempre as últimas atualizações trazem um impacto muito maior na segurança do que o navegador escolhido.

"Clique aqui!"
A maioria dos malwares precisa de um cúmplice: o usuário. Você poderia até achar que as pessoas sabem que, ao visitar um site estranho e este oferece um download - desconhecido ou não - , a resposta correta é “Não”.

Mas os novatos não conhecem os limites da segurança. Ironicamente, a grande maioria das infecções ocorre quando um usuário cai em armadilhas como a do falso scan de antivírus (Você foi infectado, baixe este programa de antivírus). Não há navegador que consiga proteger alguém de uma tolice como esta.

Outros destaques da PC WORLD:
> Especial TI Verde
> Windows 7: conheça as 6 versões do sucessor do Vista
> Telas: dê uma olhada no Windows Mobile 6.5
> Como diferenciar CDs e DVDs piratas de discos originais

A boa notícia é que os usuários espertos que não cometem esses vacilos e se mantêm em dia com os patches não têm muito o que temer, nem mesmo as piores vizinhanças da web.

Em nossos testes, que incluíram exposição a mais de uma centena de sites públicos sabidamente maliciosos, nenhum dos navegadores com updates atualizados permitiram a infiltração de infecções, apesar de não terem sido raras as vezes em que browsers travaram e em que foi necessário reiniciar totalmente o sistema.

Tenha sempre em mente que o navegador não está sozinho nessa batalha. Através do browser, malwares baseados em web podem aproveitar-se de vulnerabilidades no sistema operacional e em plug-ins como Flash, Java e QuickTime.

Além do navegador em si, tudo isso também deve ter os patches atualizados e instalados corretamente. Pra nossa sorte, sabemos que a web também faz esse trabalho sozinha: a maioria dos softwares mais populares, hoje em dia, dispõe de atualizações automáticas – inclusive os navegadores que testamos.

Os cinco grandes
Todos os cinco browsers têm bloqueador de pop-ups, filtros anti-phishing e proteção de senha. Com exceção do Opera, eles permitem navegar em sessões privadas, nas quais o navegador não salva nada que possa ser usado para rastrear seus passos online – histórico, cookies, arquivos temporários etc.

Mas somente dois deles – IE e Firefox – têm o melhor recurso de todos: zonas de segurança configuráveis, o que permite que usuários estabeleçam diferentes níveis de segurança para diferentes sites, baseado em suas respectivas confiabilidades.

Por exemplo, é possível criar uma “zona” na qual sites obscuros e com visual sombrio precisam passar pelas medidas mais rigorosas do navegador, como desativar o JavaScript – que muitas vezes tem um papel importante nessas questões maliciosas. O Firefox e o Internet Explorer também deixam que seus usuários desativem complementos – diferentemente de Safari, Opera e Chrome.

Esses recursos fazem um papel importantíssimo de manter o usuário seguro. Eles variam dependendo do navegador: alguns possuem certas funções, outros não. E certos browsers são simplesmente melhores no quesito segurança do que outros. A seguir, um rápido olhar sobre cada um dos cinco navegadores.

ie8_150Microsoft Internet Explorer 8 beta 2
Prós: O Internet Explorer ostenta mais de 1300 controles de segurança, enquanto o vice-líder nesse aspecto (Firefox) possui 150. O IE tem cinco zonas de segurança facilmente configuráveis e permite que você desative o JavaScript e os add-ons. É o único navegador com Controle de Pais.

Contras: A popularidade do Explorer faz com que seja o alvo principal dos hackers. Seu suporte singular ao ActiveX (outra forma pela qual malwares entram num PC) traz uma ameaça adicional de segurança da qual outros navegadores não sofrem.

Leve em conta: Os excelentes controles de segurança do IE deveriam ser confrontados com o fato dele ser o navegador mais atacado do mundo.

firefox3_150Mozilla Firefox 3.12
Prós: Este veterano de Guerra possui zonas de segurança e um gerenciador de complementos já incluso que permitem desativar facilmente add-ons e JavaScript.

Contras: Configurar as zonas de segurança, no entanto, não é fácil.

Leve em conta: O Firefox é uma boa opção de navegador para usuários domésticos.

safari_windows_150Apple Safari 3.2.1
Prós: O Safari oferece o filtro anti-phishing mais eficiente, além de sempre perguntar ao usuário sobre download de arquivos. O Safari (assim como o Chrome) faz um belo trabalho ao cloquear cookies indesejados.

Contras: Fica devendo zonas de segurança e a capacidade de desativar add-ons.

Leve em conta: Apesar de ter um visual muito bacana, o Safari é uma caixinha de surpresas quando o assunto é segurança. Mesmo assim, o browser da Apple – se totalmente atualizado e rodando em um sistema com os últimos patches – pode ser um ambiente seguro.

opera_browser_150Opera 9.63
Prós: O Opera possui diversos controles de segurança e boa proteção contra os chamados DoS (Denial of Service).

Contras: não oferece zonas de segurança, função de desabilitar complementos, nem navegação em sessão privada. Sua falta de suporte para os principais recursos de segurança do Windows pode colocá-lo em alto risco.

Leve em conta: O Opera é um bom navegador, mas não foi exposto a provas severas de ataques constantes. O suporte para os recursos de Data Execution Prevention and Address Layout Space Randomization do Windows é necessário antes que seu uso seja altamente recomendado.

chrome_150Google Chrome 1.0
Prós: JavaScript roda dentro de uma máquina virtual. O Chrome (como o Safari) faz um bom trabalho ao bloquear cookies indesejados.

Contras: O Chrome não consegue desativar o JavaScript – um grande problema considerando-se que Java está envolvido na maioria dos eventos maliciosos da web. O Chrome permite que senhas sejam mostradas em texto pleno, o que pode expô-las a quem estiver por perto do PC, e foi afetado por problemas relativamente simples de sobrecarga de buffer.

Leve em conta: O modelo de segurança que o Chrome segue é excelente, mas as escolhas que o Google fez para seu navegador foram péssimas. Mais problemáticas, as vulnerabilidades encontradas no Chrome são tão simples e comuns que o Google poderia tê-las evitado

Descordo desta materia ao meu ver Firefox é imbátivel!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

“internet zumbi”

 A ascensão do slop, diz ele, transformou a rede social em um espaço onde “uma mistura de bots, humanos e contas que já foram humanos, mas não se misturam mais para formar um site desastroso onde há pouca conexão social”. Nick Clegg, presidente de assuntos globais da empresa-mãe do Facebook, Meta, escreveu em fevereiro que a rede social está treinando seus sistemas para identificar conteúdo feito por IA. “Como a diferença entre conteúdo humano e sintético fica turva, as pessoas querem saber onde está o limite”, escreveu ele. O problema começou a preocupar a principal fonte de receita da indústria de mídia social: as agências de publicidade que pagam para colocar anúncios ao lado do conteúdo. Farhad Divecha, diretor-gerente da agência de marketing digital AccuraCast, com sede no Reino Unido, diz que agora está encontrando casos em que os usuários estão sinalizando erroneamente os anúncios como slop feitos de IA quando não estão. “Vimos casos em que as pessoas comentaram qu

A MENTE ARTÍSTICA

Em seu novo livro, as autoras Susan Magsamen, fundadora e diretora do International Arts + Mind Lab, e Ivy Ross afirmam que fazer e experimentar arte pode nos ajudar a florescer Quando Susan Magsamen tomou a decisão de terminar seu primeiro casamento, ela enfrentou dias emocionais e difíceis trabalhando não apenas em seus próprios sentimentos, mas os de seus filhos pequenos. Foi preciso um pedaço de argila de uma criança para mudar tudo isso. Como ela relata em seu novo livro, Your Brain on Art: How the Arts Transform Us (Random House, 2023), ela "começa a esculpir espontaneamente. O que emergiu foi uma estátua de uma mulher de joelhos, seus braços levantados com as mãos estendendo o céu e sua cabeça inclinada para trás, soluçando em total desespero sem palavras." Logo, ela escreve, ela mesma estava em lágrimas. Podemos reconhecer essa ação como um exemplo de uso de nossa criatividade para expressar e liberar emoções reprimidos. Mas como Magsamen, fundadora e diretora executi

Cibersegurança: Confiança zero… desconfiança por omissão

  Atualmente, todas as empresas têm presença digital. Embora este facto traga inúmeros benefícios, também acarreta uma série de riscos. Os cibercriminosos estão a encontrar cada vez mais formas de contornar as medidas de segurança e aceder aos dados. Se a proteção não for suficientemente forte, os dados das organizações, dos seus clientes e dos seus parceiros podem ser comprometidos, com consequências terríveis para as empresas. A crescente digitalização, juntamente com a evolução das táticas dos cibercriminosos, está a resultar num aumento dos incidentes de cibersegurança. Esta tendência preocupante é demonstrada no último Relatório de Violação de Dados, realizado pelo Internet Theft Resource Center (ITRC), que regista 2.365 ciberataques em 2023 que afetaram mais de 300 milhões de vítimas. Com este conhecimento, é essencial que as empresas tomem medidas e protejam os seus sistemas para evitar que utilizadores não identificados acedam a informações sensíveis. Só assim será possível red