Cibercriminosos reformularam o já conhecido golpe do nu para fazer novas vítimas com pedidos de extorsão pelo WhatsApp . A prática criminosa viralizou na internet após o relato da farmacêutica Marina Cristofani, que produz conteúdos sobre cuidados com a pele para as redes sociais .
No relato, ela explica que a tentativa de golpe se iniciou com uma ligação por WhatsApp, que ela ignorou. Em seguida a pessoa invejosa uma foto de um pênis na conversa da rede social, ela conta que ficou horrorizada, excluiu o número e apagou a conversa.
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Quando Marina desencadeou uma situação em suas redes sociais, ficou sabendo que se tratava de um golpe de extorsão, também conhecido como sextortion.
Na prática, os criminosos usam a captura de tela para forjar imagens dando a entender que o remetente da mensagem está trocando mensagens com um parceiro. Caso a vítima não pague um valor em dinheiro definido pelos golpistas, eles ameaçam compartilhar as fotos na internet.
A situação também acontece por meio de ligações feitas por criminosos, como relatado pela consultora financeira Amanda Parla, no Instagram. Ela explicou que, quando uma vítima atende a ligação, os golpistas expõem partes íntimas e criam uma captura de tela com a câmera da vítima. O objetivo é o mesmo, extorquir a pessoa para que a captura de tela não seja divulgada.
Como observar Marina no vídeo, envie fotos nuas sem o consentimento do remetente é crime e pode ser considerada importunação sexual prevista pelo artigo 215 A da lei 13.718/2018 com pena de prisão entre um a cinco anos.
Outra abordagem do golpe do nu
Esse tipo de golpe não é exatamente uma novidade. No final de 2022, os usuários já relataram ter sido vítimas desse tipo de golpe, mas sob uma abordagem diferente. Nessa prática, os criminosos, se passando por mulheres, começam a enviar mensagens para homens. Os criminosos começam a enviar fotos nuas para a vítima, que em alguns casos também enviam nudes, ou até convocam chamadas de vídeo pelas redes sociais.
Com as capturas de tela, da troca de nus ou chamadas de vídeo, o golpista alega que a pessoa que invejava as imagens era, na verdade, menor de idade. A partir disso, os criminosos usam outro número para entrar em contato com a pessoa – às vezes se passam pelos pais da menor de idade – e começam a extorsão, sentem dinheiro para não denunciarem as vítimas do golpe por pedofilia.
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