Pular para o conteúdo principal

Fim do domínio do Google? You.com pretende revolucionar as buscas

 O Google domina completamente o mercado de buscas no mundo e usa como base algoritmos para tentar encontrar o resultado que mais se aproxima do que o usuário deseja. No entanto, o You.com foi lançado como uma alternativa e tenta mostrar que o sistema da gigante não é a única maneira de rankear resultados de pesquisa.

You.com não mostra uma série de links de forma linear, como o Google, mas sim classifica os resultados de acordo com a fonte. Sendo assim, ao buscar um termo é possível ver diversos links do Wikipedia sobre ele, por exemplo, mas também uma sequência de matérias da BBC ou de outros sites de notícias. O sistema utiliza cards que são exibidos de forma para tentar aproveitar melhor o espaço de tela do usuário.

you.com
Imagem: Reprodução (Olhar Digital)

Novo buscador com novo sistema

Outro destaque do sistema de buscas do You.com é que ele permite os usuários classificarem “positivamente” ou “negativamente” as categorias. Com isso, o mecanismo pode se aperfeiçoar para mostrar as fontes que você destaca como sendo as melhores primeiro.

Leia mais:

O site ainda está em versão beta então apresenta ainda certa lentidão e pode ter problema para mostrar alguns resultados. Algumas categorias também acabam exibindo links próximos aos mesmos do Google, mas a interface incentiva os usuários a ver outros conteúdos sobre o tema. Também por ainda estar no início, o site ainda não é capaz de desvendar perguntas, como o Google faz. Então o ideal é procurar termos específicos e não perguntas como “quantos anos tem o Tom Hanks?”, por exemplo.

you.com
Imagem: Reprodução (Olhar Digital)

O You.com foi fundado por ex-funcionários da Salesforce, companhia especializada em nuvem e software para empresas. A plataforma anunciou recentemente uma rodada de financiamento de US$ 20 milhões liderada pelo CEO da Salesforce, Marc Benioff.

Ao contrário da maior parte dos outros buscadores, o You não tenta ser um clone do Google e parte para um caminho diferente. Resta saber se vai ter espaço para a plataforma em um mercado já completamente dominado pela gigante das buscas.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

“internet zumbi”

 A ascensão do slop, diz ele, transformou a rede social em um espaço onde “uma mistura de bots, humanos e contas que já foram humanos, mas não se misturam mais para formar um site desastroso onde há pouca conexão social”. Nick Clegg, presidente de assuntos globais da empresa-mãe do Facebook, Meta, escreveu em fevereiro que a rede social está treinando seus sistemas para identificar conteúdo feito por IA. “Como a diferença entre conteúdo humano e sintético fica turva, as pessoas querem saber onde está o limite”, escreveu ele. O problema começou a preocupar a principal fonte de receita da indústria de mídia social: as agências de publicidade que pagam para colocar anúncios ao lado do conteúdo. Farhad Divecha, diretor-gerente da agência de marketing digital AccuraCast, com sede no Reino Unido, diz que agora está encontrando casos em que os usuários estão sinalizando erroneamente os anúncios como slop feitos de IA quando não estão. “Vimos casos em que as pessoas comentaram qu

A MENTE ARTÍSTICA

Em seu novo livro, as autoras Susan Magsamen, fundadora e diretora do International Arts + Mind Lab, e Ivy Ross afirmam que fazer e experimentar arte pode nos ajudar a florescer Quando Susan Magsamen tomou a decisão de terminar seu primeiro casamento, ela enfrentou dias emocionais e difíceis trabalhando não apenas em seus próprios sentimentos, mas os de seus filhos pequenos. Foi preciso um pedaço de argila de uma criança para mudar tudo isso. Como ela relata em seu novo livro, Your Brain on Art: How the Arts Transform Us (Random House, 2023), ela "começa a esculpir espontaneamente. O que emergiu foi uma estátua de uma mulher de joelhos, seus braços levantados com as mãos estendendo o céu e sua cabeça inclinada para trás, soluçando em total desespero sem palavras." Logo, ela escreve, ela mesma estava em lágrimas. Podemos reconhecer essa ação como um exemplo de uso de nossa criatividade para expressar e liberar emoções reprimidos. Mas como Magsamen, fundadora e diretora executi

Cibersegurança: Confiança zero… desconfiança por omissão

  Atualmente, todas as empresas têm presença digital. Embora este facto traga inúmeros benefícios, também acarreta uma série de riscos. Os cibercriminosos estão a encontrar cada vez mais formas de contornar as medidas de segurança e aceder aos dados. Se a proteção não for suficientemente forte, os dados das organizações, dos seus clientes e dos seus parceiros podem ser comprometidos, com consequências terríveis para as empresas. A crescente digitalização, juntamente com a evolução das táticas dos cibercriminosos, está a resultar num aumento dos incidentes de cibersegurança. Esta tendência preocupante é demonstrada no último Relatório de Violação de Dados, realizado pelo Internet Theft Resource Center (ITRC), que regista 2.365 ciberataques em 2023 que afetaram mais de 300 milhões de vítimas. Com este conhecimento, é essencial que as empresas tomem medidas e protejam os seus sistemas para evitar que utilizadores não identificados acedam a informações sensíveis. Só assim será possível red