Pular para o conteúdo principal

A maioria da população Brasileira acredita em tudo que encontra na Internet.

No continente, as fake news estão em alta, mas 70% dos latino-americanos não sabem (ou não conseguem) identificar se uma notícia na internet é falsa ou verdadeira. Os campeões em engolir gato por lebre são os peruanos (79%), seguidos pelos colombianos (73%), chilenos (70%), argentinos/ mexicanos (66%) e brasileiros (62%).

Esses e outros dados estão no estudo Iceberg Digital da companhia de cibersegurança Kaspersky, em parceria com a empresa de pesquisa latino-americana CORPA. A pesquisa entrevistou online 2.291 internautas de 18 a 50 anos de idade, entre dezembro de 2019 e janeiro de 2020, da Argentina, Colômbia, do Brasil, Chile, México e Peru.

Dos entrevistados, 16% não entendem bem a expressão “fake news”; 47% dos peruanos não sabem o que ela significa, ao contrário dos brasileiros (2%). A maioria dos latino-americanos acredita que notícias falsas são perigosas e eventualmente danosas (98%); 72% acham que elas viralizam porque alguém vai lucrar ou quer prejudicar algo ou alguém.

(Fonte: International Federation of Library Associations/Divulgação)

Mesmo tendo uma alta percepção negativa sobre fake news, 42% dos brasileiros só ocasionalmente questiona o que lê na web, precedidos pelos peruanos em primeiro (58%), colombianos, chilenos, argentinos e mexicanos (47%). Um terço dos latino-americanos usam apenas redes sociais para se informar diariamente; 17% o fazem via sites da mídia tradicional. Quem mais compartilha as chamadas fake news são internautas com idades entre 25 e 34 anos.

Fé na nuvem

A pesquisa também revelou outras particularidades dos usuários latino-americanos, entre elas:

  • O termo malicioso mais conhecido é o malware (considerado o mais prejudicial), seguido de ransomware e phishing.
  • Em todos os países, a maioria dos internautas acessa o site do banco após receber SMS avisando que sua conta foi invadida.
  • A maioria dos entrevistados não salva suas credenciais em sites bancários e não aceita que o navegador o faça quando compra online (mas permite em relação à senha do email)
  • Os usuários, em sua maioria, conhecem o conceito de nuvem, armazenam seus arquivos (fotos, contatos, trabalhos, documentos) nela e excluem documentos antigos para ter mais espaço e organização

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

“internet zumbi”

 A ascensão do slop, diz ele, transformou a rede social em um espaço onde “uma mistura de bots, humanos e contas que já foram humanos, mas não se misturam mais para formar um site desastroso onde há pouca conexão social”. Nick Clegg, presidente de assuntos globais da empresa-mãe do Facebook, Meta, escreveu em fevereiro que a rede social está treinando seus sistemas para identificar conteúdo feito por IA. “Como a diferença entre conteúdo humano e sintético fica turva, as pessoas querem saber onde está o limite”, escreveu ele. O problema começou a preocupar a principal fonte de receita da indústria de mídia social: as agências de publicidade que pagam para colocar anúncios ao lado do conteúdo. Farhad Divecha, diretor-gerente da agência de marketing digital AccuraCast, com sede no Reino Unido, diz que agora está encontrando casos em que os usuários estão sinalizando erroneamente os anúncios como slop feitos de IA quando não estão. “Vimos casos em que as pessoas comentaram qu

A MENTE ARTÍSTICA

Em seu novo livro, as autoras Susan Magsamen, fundadora e diretora do International Arts + Mind Lab, e Ivy Ross afirmam que fazer e experimentar arte pode nos ajudar a florescer Quando Susan Magsamen tomou a decisão de terminar seu primeiro casamento, ela enfrentou dias emocionais e difíceis trabalhando não apenas em seus próprios sentimentos, mas os de seus filhos pequenos. Foi preciso um pedaço de argila de uma criança para mudar tudo isso. Como ela relata em seu novo livro, Your Brain on Art: How the Arts Transform Us (Random House, 2023), ela "começa a esculpir espontaneamente. O que emergiu foi uma estátua de uma mulher de joelhos, seus braços levantados com as mãos estendendo o céu e sua cabeça inclinada para trás, soluçando em total desespero sem palavras." Logo, ela escreve, ela mesma estava em lágrimas. Podemos reconhecer essa ação como um exemplo de uso de nossa criatividade para expressar e liberar emoções reprimidos. Mas como Magsamen, fundadora e diretora executi

Cibersegurança: Confiança zero… desconfiança por omissão

  Atualmente, todas as empresas têm presença digital. Embora este facto traga inúmeros benefícios, também acarreta uma série de riscos. Os cibercriminosos estão a encontrar cada vez mais formas de contornar as medidas de segurança e aceder aos dados. Se a proteção não for suficientemente forte, os dados das organizações, dos seus clientes e dos seus parceiros podem ser comprometidos, com consequências terríveis para as empresas. A crescente digitalização, juntamente com a evolução das táticas dos cibercriminosos, está a resultar num aumento dos incidentes de cibersegurança. Esta tendência preocupante é demonstrada no último Relatório de Violação de Dados, realizado pelo Internet Theft Resource Center (ITRC), que regista 2.365 ciberataques em 2023 que afetaram mais de 300 milhões de vítimas. Com este conhecimento, é essencial que as empresas tomem medidas e protejam os seus sistemas para evitar que utilizadores não identificados acedam a informações sensíveis. Só assim será possível red